Três famílias cristãs perderam suas casas em um incêndio contra a aldeia indígena de Kogul Palmor em Mamarongo, Colômbia.
Mais da metade da aldeia com 58 casas foi destruída no dia 10 de março após ataque, na região de Magdalena norte da Colômbia. Um total de 33 casas habitadas por cerca de 50 famílias foram queimadas. Duas das famílias cristãs que perderam suas casas no episódio, mudaram-se para a vizinhança de Santa Marta.
De acordo com os líderes cristãos que falaram com a Portas Abertas, o ataque se deu em retaliação a uma decisão da comunidade, concordando que os moradores indígenas cristãos de Palmor poderiam ser líderes comunitários.
Fontes confiáveis confirmaram que as autoridades indígenas da região estão planejando fazer prisões de cristãos indigenas, como fizeram em 2009, quando vários ficaram detidos por dois ou três meses.
Por mais de uma década, uma aliança estratégica entre guerrilheiros da Colômbia e as autoridades indígenas pressionou os cristãos locais que abandonaram longos séculos de tradições indigenas para seguir os ensinamentos de Jesus.
A oposição das autoridades indígenas aos cristãos é motivada parcialmente por suas ligações com grupos paramilitares e guerrilheiros, pois contribuem com esses grupos para as atividades de tráfico de drogas e para a exploração ilegal de minas na região.
Embora os casos específicos de perseguição a cristãos indígenas tenham sido relatados a órgãos nacionais responsáveis pela aplicação das leis, algumas leis colombianas concedem autonomia às comunidades indígenas para que criem e executem suas próprias leis. Dessa maneira, autoridades indígenas podem rejeitar qualquer tipo de investigação legal, negando os fatos e alegando que os cristãos indigenas renunciaram a sua identidade étnica e abandonaram suas comunidades.
Mas outro incêndio deliberado no mês passado em Palmor levou o Promotor de Justiça regional, Alfredo Luna, a exigir uma investigação completa do incidente, a fim de verificar a causa desses ataques entre os diversos grupos tribais que vivem no norte da Colômbia. Os autores deste ataque, ele diz, podem ter sido os guerrilheiros, gangues criminosas (bacrim) formadas por membros de exércitos irregulares de direita, ou então os próprios indígenas.
Em relatórios publicados por várias agências de notícias na Colômbia, Luna disse, em nome da agência de direitos humanos do governo que a situação é "preocupante". Apenas alguns meses antes, disse ele, os líderes indígenas colocaram em prática as ameaças que haviam feito, queimando casas e roubando pertences pessoais.
Nos últimos anos, a Portas Abertas tem documentado e denunciado às autoridades governamentais o assédio contínuo e os abusos sofridos por cristãos indígenas na Colômbia. Apesar da evidência de que estes cristãos indígenas estão sendo submetidos a tortura, ameaças de deslocamento, e prisão, os organismos de controle do Estado não se deram ao trabalho de investigar os casos. Para chamar a atenção a estas violações, a base operacional da Portas Abertas na Colômbia está patrocinando um "Fórum para a Liberdade de Consciência dos índios" que ocorrerá no último semestre de 2012. O fórum tem como subtítulo: "indígena contra indígena:. Verdades e Mentiras da Vida Tradicional".
Representantes cristãos de vários grupos indígenas da Colômbia apresentarão nesse fórum os abusos e violações de direitos humanos que sofreram durante a última década. Nas mãos das autoridades tradicionais indígenas, esses cristãos têm enfrentado pressão e tortura física por se recusar a renunciar suas crenças em Jesus e a retornar a seus costumes tradicionais, muitos dos quais são ritos e práticas proibidas pela Palavra de Deus.
Pedidos de oração
• Ore por coragem, conforto e perseverança para os cristãos indígenas que perderam suas casas no ataque de Palmor.
• Ore por uma investigação honesta e completa sobre este ataque por parte das autoridades colombianas.
• Ore para que o Fórum sobre "liberdade de consciência dos Povos Indígenas" no dia 20 de abril possa impactar todos os que o assistirem, e que seja transmitido de forma positiva nos meios de comunicação colombianos.
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Fonte: Portas Abertas
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