O Conselho Indígena Tradicional da Colômbia votou pela
expulsão de dezenas de famílias cristãs de suas casas na região de
Cauca em abril, forçando-os a fechar suas igrejas e fugir dos
territórios reservados para as comunidades tribais
Um total de 37 famílias indígenas cristãs, incluindo cerca de 90
crianças, foram expulsas da reserva indígena Montecruz, no município de
Paez, em 6 de abril. Dois dias depois, foi dado o prazo de 48 horas para
mais 42 famílias cristãs evacuarem suas casas localizadas em Paez, Iza,
Corinto, Toribio e nas reservas Tacueyo.
De acordo com o pastor Rogelio Yonda, representante legal da
Associação Cristã de Autoridades Tradicionais Indígenas (OPIC), os
ataques recentes contra as comunidades cristãs indígenas estão ligadas
aos esforços de lideranças indígenas de conseguir recursos financeiros e
desenvolvimento na saúde, educação e outros projetos para suas
comunidades.
Por mais de uma década, os conselhos municipais indígenas perseguiram
sistemáticamente seus membros tribais que abandonaram as crenças
tradicionais e escolheram seguir a Cristo. Em muitos casos, esses
líderes têm agido em parceria as FARC que operam em toda a região de
Cauca.
Quatro grupos indígenas foram identificados participando de uma
"Marcha Patriótica" em Bogotá em 23 de abril para cobrar do governo a
entrega das receitas locais de sua região ao controle indígena.
O surto desses novos deslocamentos em Cauca refletiu em frequentes
conflitos entre os inúmeros povos indígenas da Colômbia, muitos
localizados em regiões remotas sob controle virtual da guerrilha.
Ao longo das últimas duas décadas, pelo menos, cinco cristãos
indígenas foram mortos, dois injustamente condenados a 20 anos de
prisão, mais de 50 presos temporariamente, 80 famílias ficaram sem
condições mínimas arcar com suas despesas, 73 professores foram
demitidos sem pagamento e 16 escolas ficaram sem aulas . Além de
ameaças, abuso físico e verbal constante, os cristãos indígenas foram
excluídos de seus direitos constitucionais à educação e saúde.
Em janeiro de 2000, 15 famílias cristãs na comunidade Arhuacos de
Palestina, no norte da Colômbia, foram forçadas a deixar todos os seus
pertences para trás quando os líderes religiosos e civis concordaram com
os guerrilheiros locais para expulsar todos os cristãos que viviam ali.
Uma vez desabrigados, os cristãos indígenas têm visto as suas
necessidades básicas seriamente afetadas.
Várias das 46 famílias Arhuaco
que foram expulsas da cidade de Valledupar,tiveram os seus serviços
básicos negados, tais como saúde e educação.
Quando questionadas, as autoridades civis disseram que eles não
preservaram os elementos representativos de suas antigas tradições
indígenas, logo, que não podiam mais serem reconhecidos como parte dos
povos indígenas.
Mas a aliança entre os guerrilheiros eo movimento indígena da região
Cauca é supostamente ainda mais forte. De acordo com Ana Silvia Secue,
uma educadora cristã indígena, as FARC estão envolvidas com o Conselho
Indígena de Cauca (CRIC) desde a sua criação.
Em 30 de abril, o Pastor Yonda e Ana Silvia Secue assumiram a
liderança da OPIC e abriram uma queixa
perante o Tribunal Constitucional
Nacional, reivindicando a defesa e proteção dos direitos dos cristãos
indígenas do Cauca. A ação judicial é movida contra Jesus Javier Chavez,
presidente do Conselho Regional Indígena de Cauca (CRIC), e protesta
contra os constantes ataques do conselho municipal indígena que expulsou
79 famílias cristãs de suas casas e as excluiu de seus direitos cívis
básicos.
Pedidos de oração
• Por favor, orem pela proteção espiritual, emocional e física dos
cristãos indígenas da Colômbia que passam por essa dificil situação. Ore
para que eles continuem a compartilhar o Evangelho em suas comunidades.
• Por favor, orem por sabedoria e a coragem para Rogelio Yonda,
Silvia Ana Secue e outros membros da OPIC sobre como prosseguir com este
processo legal.
• Peça a Deus que mesmo em meio à perseguição, os cristãos indígenas
possam testemunhar do amor e perdão de Deus a seus agressores.
Fonte: Portas Abertas
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