Cristãos egípcios pediram orações após a ocorrência de uma série de incidentes em várias províncias do país. Em todos os casos, cristãos foram ameaçados ou atacados. Segundo as vítimas, há uma gama de motivações por trás dessas ondas de violência. Ore para que o Estado de Direito efetivo seja estabelecido e aplicado de forma equitativa a todos os cidadãos e instituições no Egito
Em 5 de novembro, um grupo de islâmicos salafistas (do movimento de reforma da doutrina islâmica com o objetivo de adaptá-la aos novos tempos) ocuparam terras de propriedade da igreja, no distrito de Shubra, no Cairo. Líderes da congregação informaram o Ministério do Interior sobre o fato, que ordenou a retirada dos rebeldes no dia seguinte.
No entanto, o problema ainda está em curso, já que os salafistas não permitem que a igreja coloque uma cerca no local, que impeça a ocupação dos manifestantes, nem estabeleça um prédio administrativo para a operação de seus serviços, apesar de toda a documentação estar legalizada há algum tempo. A Igreja também tem o apoio do governador. Líderes cristãos pediram aos membros para não se envolverem com os manifestantes, nem provocarem ações de retaliação.
No início do mês, o gerente geral copta do Banco Agrícola em Minya foi sequestrado. Após a exigência de um valor para o resgate, a ação efetiva da polícia ajudou para que o homem fosse liberto sem o pagamento ter sido realizado. Ele foi solto em 4 de novembro.
No final de outubro, um concerto cristão foi parado, na província de Minya, devido a acusações de rebeldes de que era um evento evangelístico, por isso não poderia acontecer. Líderes religiosos afirmaram que, embora tenha sido aberto para quem quisesse participar, ficou claro para todos que era um evento cristão, destinado a um público cristão.
Cristãos egípcios notaram que incidentes como estes ocorrem frequentemente como resultado de prestação de segurança inadequada por parte do Estado, e que muçulmanos também estão sofrendo como resultado dessa falha. Eles observaram que, desde janeiro de 2011, a segurança diminuiu, enquanto que o extremismo salafista aumentou. Isso significa que as comunidades cristãs estão cada vez mais vulneráveis. Autoridades parecem incapazes ou relutantes em proteger os cristãos de ataques extremistas; essa situação faz com que disputas menores se transformem em confrontos sectários (visão religiosa intolerante).
Fonte: Portas Abertas
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